O transporte de cargas no Brasil possui uma série de regras que devem ser seguidas à risca. Mas e as normas de transporte internacional? Será que são muito diferentes das brasileiras? E a documentação?
Se você trabalha ou pensa em começar a trabalhar com entregas para outros países deve conhecer as regras para evitar problemas e garantir que as mercadorias cheguem em segurança ao destino.
Siga a leitura para conhecer as principais normas de transporte internacional, incluindo os documentos necessários e detalhes relacionados à embalagem.
Antes de falarmos sobre as normas, é válido entendermos quais são as etapas que fazem parte do transporte internacional de cargas, acompanhe!
Veja que são várias etapas que envolvem órgãos de países distintos, em que cada um tem as suas regras. Por isso é necessário ter informações sobre os trâmites, para evitar que as mercadorias fiquem presas na alfândega.
Outro fator importante são os modais usados no transporte internacional, saiba mais a seguir.
Aéreo – É a opção mais utilizada quando a entrega precisa ser rápida. Além disso, tem capacidade para transportar desde mercadorias pequenas até as de maior porte. É um modal que, por conta da agilidade, possui um preço mais elevado.
Marítimo – Diferentemente do transporte aéreo, o marítimo é mais acessível, por isso é o responsável pela maior parte das cargas enviadas para o exterior.
Rodoviário, ferroviário e fluvial – São os modais mais utilizados quando as entregas são destinadas a países limítrofes, com rotas de curta e média distância.
Agora que já tratamos de outros detalhes relacionados ao transporte internacional, vamos finalmente para as normas exigidas. Vale destacar que as regras costumam variar de acordo com alguns pormenores, como o tipo de carga e o modal escolhido. Aqui trataremos do transporte rodoviário, que é o mais comum.
Em se tratando de documentação, para exportar mercadorias é preciso ter atenção aos seguintes documentos.
O CRT é um documento que possui uma função semelhante à do CTe (Conhecimento de Transporte Eletrônico). Entretanto, é a versão exigida para o transporte internacional de cargas.
A obrigação de emitir o CRT é do transportador, afinal, se trata do comprovante que o serviço foi contratado. É também uma prova de que a mercadoria está sob responsabilidade da transportadora.
As informações presentes no documento são referentes à mercadoria, data em que foi entregue ao transportador, além de dados do embarcador, destinatário, origem e destino da entrega.
O MIC é o documento usado na alfândega para tornar uma mercadoria natural do país de destino. Com ele, caso um extravio aconteça depois que o produto adentrou no país, passa a ser tratado como um item nacional.
A DTA, Declaração de Trânsito Aduaneiro, pode ser emitida juntamente com o MIC. Com ela, a mercadoria permanece com sua nacionalidade de origem, classificada como internacional no país de destino. Assim, é possível reduzir burocracias e custos.
Quando se fala em normas de transporte internacional, muitos logo associam à documentação. Embora os documentos sejam mesmo fundamentais, também existem outros pontos de atenção, como a embalagem.
Essa regra já deve ser seguida no transporte nacional e é indispensável no internacional. Além de proteger o produto e evitar que sofra danos no trajeto, a embalagem deve oferecer segurança do ponto de vista ambiental e da saúde das pessoas que irão manusear a carga.
A unitização é uma estratégia que facilita o manuseio e evita o extravio. Sugerimos a leitura de outra publicação em que tratamos sobre a unitização de cargas para entender que benefícios oferece.
As embalagens costumam trazer informações importantes sobre o fabricante, o tipo de mercadoria, se é frágil etc. Por se tratar de uma exportação, é necessário que esses dados sejam escritos no idioma do país de destino.
Embalagens feitas em papelão, papel e madeira, que usam recursos florestais, precisam ter certificação ambiental. As organizações aptas a fornecerem esse certificado são:
Esse é um aspecto que não se aplica ao transporte de mercadorias para todos os países, mas que vale a atenção. Na China, por exemplo, a cor branca é sinal de luto, assim, as encomendas enviadas para lá devem evitá-la.
Nesse caso, não se trata de uma norma e sim de um ponto de atenção para a construção de um relacionamento positivo com os clientes internacionais. Buscar conhecer os costumes do país de destino é muito importante.
Mais um ponto que não é obrigatório, mas que vale ter atenção é o seguro de carga. No caso de exportações, é geralmente combinado entre as partes quem irá arcar com os custos. Essa é uma forma de se precaver em caso de sinistro e evitar ter um grande prejuízo.
Regras são feitas para serem cumpridas e no caso do transporte internacional elas servem para proteger todos os envolvidos na operação. Aqueles que não cumprem as normas podem sofrer diferentes sanções, como o pagamento de multas e a apreensão das mercadorias.
Por tudo isso, é necessário ter a máxima atenção com o transporte internacional e todos os pormenores envolvidos. Essa é a melhor maneira de garantir que as mercadorias chegarão ao destino seguras e sem sofrer nenhum prejuízo.
Agora que você já conhece as principais normas de transporte internacional, aproveite para acessar outras publicações do blog Comprovei e ficar por dentro das últimas novidades do setor logístico!