As empresas de transporte devem gerenciar corretamente um bem muito importante, seus veículos. Saber calcular a depreciação de frota corretamente é necessário para tomar boas decisões e evitar prejuízos.
Com o tempo, é natural que veículos se deteriorem e percam seu valor de mercado. No entanto, é possível ter conhecimento e controle sobre esse processo para utilizar esses recursos da melhor forma.
O cálculo de depreciação auxilia também na precificação do frete e planejamento das manutenções. Assim, contribui para manter as finanças do empreendimento equilibradas e para o aumento da vida útil dos carros e caminhões.
Quer saber como calcular a depreciação da sua frota e entender a importância disso? Siga a leitura e confira!
A palavra depreciação tem relação com preço e representa a sua defasagem de acordo com o tempo e uso. Um veículo possui um preço quando sai da loja e, a com o tempo de uso, tem esse valor reduzido.
Os principais fatores que influenciam a depreciação de um bem são o tempo e a frequência de uso, que resulta em desgaste. Um veículo de uso pessoal poderá valer mais do que outro no mesmo modelo de propriedade de uma empresa, por exemplo.
No caso do uso pessoal, geralmente o veículo é melhor conservado e menos rodado. Já no uso profissional, a quilometragem é mais alta, assim como o desgaste, impactando diretamente no valor de venda.
Quando a empresa calcula a depreciação e gerencia a sua frota corretamente, pode tomar decisões que contribuam para a sua conservação. Assim, faz um uso mais inteligente dos seus recursos, contribuindo também para a sua competitividade no mercado.
Como mencionamos, o cálculo de depreciação também auxilia na precificação do frete. O desgaste dos veículos deve ser considerado como um custo do serviço de transporte. Afinal, cada viagem aumenta a quilometragem, reduzindo o valor de venda.
Se você pensou que o cálculo de depreciação de frota era complexo, saiba que na realidade é bastante simples.
Basta usar a seguinte fórmula:
Valor de compra – valor de revenda / tempo de uso em meses = depreciação
Observe o exemplo: em 2020, uma empresa adquiriu um caminhão por R$ 100.000, que tem valor de revenda atual de R$ 85.000 A vida útil média de caminhões semipesados no Brasil fica entre 7 e 9 anos. Assim, temos:
100.000 – 85.000 / tempo de uso
15.000 / 96 meses (considerando uma média de 8 anos) = 156,25 por mês.
Assim, a depreciação do veículo custa mensalmente para a empresa o valor de R$ 156,25.
Como foi possível ver, para calcular a depreciação da frota é preciso saber qual o valor de venda do veículo atualmente. Essa informação deverá ser buscada na Tabela FIPE, criada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.
Os valores apresentados pela tabela são definidos com base em uma média dos veículos usados à venda no Brasil. Então, não se trata de um padrão que precisa ser seguido à risca e sim de uma ideia para facilitar esse tipo de negociação.
Lembrando, mais uma vez, que veículos de mesmo modelo e ano de fabricação podem ser vendidos por valores diferentes por conta da quilometragem e estado de conservação. Os que já sofreram colisões, por exemplo, mesmo após o reparo, sofrem uma desvalorização maior do que os demais.
Embora a depreciação de veículos seja um processo natural, existem medidas capazes de ajudar a reduzi-la. Além disso, quanto mais conservados os exemplares da frota estiverem, maior será a sua vida útil e menores os riscos de acidentes e custos com reparos. Confira uma lista de dicas que poderão ajudar.
Cada empresa deve definir a sua periodicidade de troca de frota, facilitando o planejamento financeiro. Há empreendimentos que optam por ficar menos tempo com os veículos para evitar o aumento da depreciação. Já outros precisam esperar um pouco mais por uma questão de viabilidade financeira.
Realizar manutenções regularmente é essencial para aumentar a vida útil dos veículos. Lembrando que não é necessário esperar que apresentem algum problema, o ideal é manter um calendário de revisões preventivas. Elas custam bem menos do que os reparos, além de conferirem mais segurança para a operação.
Manter uma frota envolve uma série de custos, por isso, muitas empresas terceirizam sua operação logística ou, pelo menos, parte dela. Mesmo que o seu empreendimento realize esse processo internamente, é sempre válido fazer estudos comparativos. Às vezes, uma mudança pode trazer grandes benefícios.
A forma como os veículos são conduzidos impacta diretamente na sua conservação. Desse modo, é importante instruir os motoristas sobre boas práticas ao volante. Isso também irá contribuir para a redução do risco de acidentes e outros problemas na operação.
Quando se fala em depreciação de veículos, um ponto que não pode ser esquecido são os pneus. Realizar as calibragens periodicamente, o rodízio entre os dianteiros e os traseiros, e a troca ao final de vida útil é essencial para evitar acidentes, que, como vimos, influenciam na depreciação da frota.
Sempre que os veículos precisarem ter peças substituídas, lembre-se de priorizar a qualidade. Opções mais em conta podem se mostrar mais econômicas a curto prazo, mas em períodos maiores muitas vezes não compensam.
Essa observação vale também para a qualidade do combustível. Abastecer em postos de confiança é necessário para garantir um melhor rendimento. Embora o preço seja importante, não deve ser analisado de forma isolada.
Neste post você aprendeu a calcular a depreciação da frota, entendeu a importância desse acompanhamento e conferiu dicas para aumentar a vida útil dos veículos da sua empresa.
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