A pandemia, as questões climáticas, os altos índices de roubos e acidentes de trânsito nos mostram como o mundo está repleto de perigos. Nesse cenário, investir em boas práticas de gestão de riscos é fundamental para manter a eficiência e a segurança em uma operação logística.

Pensando nisso, preparamos este conteúdo com informações úteis sobre o assunto e que poderão ajudar na gestão do seu empreendimento. Acompanhe e tire as suas dúvidas!

O que é gestão de riscos na logística?

Na logística, é chamada de gestão de riscos o conjunto de estratégias para prever e lidar com problemas que podem surgir ao longo das etapas do transporte de mercadorias. Basicamente, o objetivo é antecipar as dificuldades e ter soluções prontas para minimizar seus impactos.

Um exemplo claro disso é quando há imprevistos no trajeto das entregas. No caso de uma estrada bloqueada por um acidente, por exemplo, a gestão de riscos entra em ação, proporcionando rotas alternativas e planos de comunicação para avisar os clientes sobre possíveis atrasos.

Mas, vale lembrar que não se trata apenas de lidar com eventos externos. Problemas internos, como má gestão de estoque ou falhas na comunicação entre setores, também entram nessa equação. Identificar esses riscos, antes que se tornem grandes problemas, é fundamental.

A gestão de riscos mantém a operação fluindo, permitindo adaptações diante dos desafios que se apresentam pelo caminho. Afinal, na logística não há como evitar os riscos por completo, então, gerenciá-los bem é o que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Quais são os principais riscos da logística?

São diversos os riscos aos quais uma operação logística está exposta. Veja quais são os principais a seguir:

Problemas nas estradas: condições precárias das estradas, obras inesperadas ou congestionamentos podem afetar diretamente o tempo de entrega e a rota planejada.

Acidentes durante o transporte: colisões e falhas nos veículos podem resultar em atrasos nas entregas e perdas financeiras.

Falhas na gestão de estoque: problemas na previsão de demanda e má gestão do estoque podem levar à falta ou ao excesso de mercadorias, impactando a eficiência da operação.

Problemas de comunicação: a falta de comunicação entre setores ou com os fornecedores pode resultar em informações desencontradas, atrasos na entrega de insumos e até erros na distribuição das mercadorias.

Problemas climáticos: eventos naturais, como tempestades, inundações ou desastres ambientais, podem interromper rotas de transporte ou danificar as mercadorias em trânsito.

Falhas mecânicas nos veículos: veículos mal conservados ou problemas mecânicos não identificados podem resultar em falhas inesperadas durante o transporte.

Roubo ou danos às mercadorias: além de acidentes, o roubo de cargas e os danos às mercadorias durante o transporte representam um risco significativo para a logística.

Greves e problemas com a mão de obra: paralisações nas estradas, greves ou problemas relacionados à mão de obra podem impactar diretamente os prazos de entrega e a eficiência operacional.

Quais são as práticas essenciais para uma boa gestão de riscos?

Agora que você já sabe quais são os principais riscos da logística, conheça práticas para realizar uma gestão eficaz para minimizá-los.

1. Identificação dos riscos logísticos

A identificação dos riscos logísticos é o ponto de partida para uma boa gestão. Para isso, é necessário examinar detalhadamente cada etapa dos processos logísticos, desde a entrada de matérias-primas até a entrega ao cliente.

Avaliar pontos fracos, como a dependência de rotas específicas, gargalos no estoque ou até mesmo questões climáticas, é crucial. Realizar análises de falhas passadas e conduzir avaliações periódicas permite antecipar problemas, facilitando a implementação de medidas preventivas.

2. Monitoramento em tempo real

O monitoramento contínuo das operações logísticas é uma prática essencial. Através de sistemas de monitoramento em tempo real, é possível acompanhar cada etapa do processo logístico.

Isso oferece visibilidade sobre a localização dos veículos, as condições de tráfego, possíveis atrasos e, em algumas situações, até mesmo informações sobre as condições das mercadorias em trânsito, como no caso de itens que necessitam de refrigeração, por exemplo.

Ao identificar desvios ou problemas, a equipe pode agir prontamente, realocando recursos ou ajustando rotas para minimizar impactos negativos.

3. Roteirização inteligente

Investir em roteirização inteligente significa utilizar tecnologias avançadas para planejar as rotas de entrega de forma otimizada. Esses sistemas consideram variáveis como condições de tráfego, restrições de carga e descarga, além de calcular a melhor sequência de paradas.

Isso não apenas reduz custos operacionais, economizando tempo e combustível, mas também minimiza o risco de atrasos nas entregas.

4. Cronograma de manutenção dos veículos

Estabelecer um cronograma de manutenção para a frota de veículos é uma estratégia preventiva fundamental. Isso inclui revisões periódicas, checagens de segurança e manutenção preventiva.

Um veículo com manutenção adequada reduz significativamente o risco de falhas mecânicas durante o transporte, garantindo a integridade das mercadorias e a eficiência da operação.

5. Treinamento da equipe

Investir em treinamento contínuo para a equipe envolvida nos processos logísticos é crucial para lidar com riscos operacionais. Isso inclui instruções sobre procedimentos de emergência, uso adequado de tecnologias de monitoramento, boas práticas de direção defensiva e gestão de situações inesperadas.

Uma equipe bem treinada estará mais preparada para lidar com imprevistos e tomar decisões rápidas e eficientes.

6. Integração de sistemas

A integração de sistemas é uma peça-chave na gestão de riscos. Isso implica na conectividade e sincronização de diferentes plataformas e softwares utilizados nos diversos estágios da cadeia logística.

Inclusive, a integração com ferramentas de gestão de estoque de fornecedores ajuda a evitar o desabastecimento de mercadorias, facilitando o planejamento do negócio.

Uma integração eficiente permite uma visão unificada da operação, facilitando a análise de dados, a identificação de padrões e a tomada de decisões mais precisas e ágeis.

Essas práticas, quando implementadas de forma integrada, não apenas ajudam a reduzir os riscos na logística, mas também fortalecem a eficiência da operação, preparando a empresa para enfrentar desafios de maneira mais eficaz.

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