Quando se fala em logística brasileira, o transporte rodoviário tem lugar de destaque. Afinal, a maior parte das mercadorias, cerca de 75%, é distribuída pelas rodovias em nosso país.
Essa atividade corresponde a cerca de 7% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, gerando trabalho para um milhão e meio de pessoas. Inclusive, houve um aumento significativo motivado pela pandemia.
Quer saber mais sobre a importância do transporte rodoviário e entender como ele movimenta o país? Siga a leitura e acompanhe!
Se considerarmos as principais economias do mundo, o Brasil é o país que mais concentra seu transporte de cargas em rodovias. Veja comparações com outros países, os dados são do Banco Mundial:
Considerando toda a produção brasileira, 75% das mercadorias são distribuídas pelas rodovias. Já para o transporte marítimo são destinadas 9,2% e aéreo 5,8%. Pelas ferrovias se movimentam 5,4% das mercadorias, entre portos (cabotagem) 3% e nas hidrovias apenas 0,7%.
O transporte rodoviário é responsável pela distribuição da maior parte das mercadorias no Brasil porque é a única opção em muitos casos. Mesmo que seja o modal mais adequado para algumas situações, em outras é usado porque não existe outra alternativa.
Não há investimentos em outros modais por diferentes questões, que envolvem política e anos de decisões que privilegiaram as rodovias em vez das ferrovias. Para se ter uma ideia, no período de 1969 a 2008, as rodovias cresceram 180% em extensão. Enquanto isso, as ferrovias reduziram em 14,5%.
Veja quais são os principais fatores que levam à dominação do transporte rodoviário no Brasil.
O transporte rodoviário é o único modal que consegue alcançar a maior parte do território brasileiro. Porém, vale fazer o adendo de que em muitos locais as condições das rodovias e estradas são bastante precárias.
Comparando com outros modais, há a vantagem de se completar a rota apenas pelas rodovias. No caso dos transportes aéreo e ferroviário, por exemplo, a movimentação pode ser realizada apenas em trechos predefinidos. Dessa forma, na maior parte dos casos, eles precisam ser combinados com o modal rodoviário.
Para a distribuição de mercadorias fracionadas, o transporte rodoviário apresenta custos mais baixos. Já em se tratando de cargas de grande porte, as ferrovias se mostram mais vantajosas, apesar de envolverem operações mais complexas para concluir toda a rota.
Em relação à flexibilidade das rotas, o transporte rodoviário se destaca. Como existem rodovias e estradas que cruzam todo o país, dá para realizar diferentes trajetos com vários destinos.
Os trâmites para realizar o transporte de cargas pelas rodovias é bem mais simples do que no modal aéreo. Para se ter uma ideia, as mercadorias podem ficar paradas durante semanas até serem liberadas para o transporte, especialmente quando o destino são outros países.
Empresas que desejam realizar seu próprio transporte têm mais facilidade para ter frotas próprias. Afinal, podem adquirir veículos de acordo com as suas necessidades, indo desde os de menor porte até grandes carretas.
Quando se fala em logística brasileira, o transporte rodoviário tem lugar de destaque.
Conforme já adiantamos, o transporte rodoviário no Brasil enfrenta muitos desafios, veja quais são os principais.
A malha rodoviária brasileira tem cerca de 75 mil quilômetros. No entanto, dessa extensão, 10,4 mil não é pavimentada. Além disso, na porcentagem que possui pavimentação há diversos trechos que apresentam buracos e outros problemas que comprometem a agilidade e oferecem riscos de acidente.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de janeiro a outubro de 2021 o preço do diesel sofreu uma alta de 36,32%, enquanto a gasolina de 38,29%. Os preços estão diretamente ligados aos custos do transporte rodoviário e são um grande desafio para quem atua no setor.
Cerca de 10% das rodovias brasileiras são privatizadas, o que significa que as empresas que adquirem a concessão cuidam da sua manutenção e em troca cobram pedágios. Determinados trechos podem passar por vários locais em que há a cobrança, gerando mais um fator que encarece o frete.
Em 2018, o Brasil literalmente parou com a greve dos caminhoneiros, que teve duração de dez dias. Diversas cidades brasileiras enfrentaram desabastecimento de diferentes itens de uso diário, como gasolina, gás de cozinha, alimentos, entre outros. Isso mostrou que depender de um único modal é algo bastante arriscado e uma paralisação pode ter impactos muito grandes.
Além da precariedade das estradas, há a falta de segurança em relação a roubos e furtos de carga. Apenas em 2020, foram registradas 14 mil ocorrências desse tipo no Brasil. O prejuízo somado chegou na casa do bilhão, com 1,2 bilhão de reais.
Mesmo que existam grandes carretas com a capacidade de carregar toneladas, ainda assim a maior parte delas perde quando comparadas ao modal ferroviário. Como explicamos anteriormente, para cargas fracionadas o transporte rodoviário atende bem, o problema está nas de grande porte.
Em determinados trechos das estradas brasileiras, os motoristas podem enfrentar trânsito lento, especialmente nas proximidades das cidades e em horários de pico. Com isso, a agilidade das entregas é prejudicada.
O maior risco de acidentes, roubos e furtos faz com que as chances de extravio de carga sejam maiores no transporte rodoviário do que em outros mais seguros. Para superar esse desafio é importante investir em soluções que proporcionem visibilidade da rota, como é o caso do sistema Comprovei!
São várias as vantagens que se pode alcançar ao utilizar a ferramenta, como registro das ocorrências da rota, como cliente ausente, defeito no veículo, endereço incompleto, entre outros. Assim, é possível agir rapidamente para garantir a qualidade e eficiência dos processos.
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