Os drones se popularizaram nos últimos anos, tendo como usos mais populares o monitoramento de áreas específicas e a captura de imagens aéreas. Mas você já imaginou esses pequenos equipamentos voadores realizando entregas de mercadorias?
Na postagem de hoje falaremos sobre o papel dos drones no futuro da logística. Continue a leitura para saber como esse novo modal está começando a ser implantado, suas vantagens e os desafios que ainda precisam ser superados.
Drones são veículos aéreos não tripulados, controlados remotamente. Foram criados para uso militar, mas na última década se popularizaram, passando a ser comercializados para pessoas comuns. A função dos drones no meio militar era chegar a locais de difícil acesso ou que oferecessem riscos aos soldados.
O nome drone vem do inglês e significa zangão, em uma referência ao barulho feito pelo equipamento durante o voo. Sua criação foi inspirada em bombas voadoras usadas pelo exército alemão no passado, conhecidas como buzzbomb. Inclusive, o nome drone tem essa mesma referência associada a “buzz”, que significa zumbido.
Com o passar do tempo e a evolução da tecnologia, os preços dos drones se tornaram mais acessíveis. Assim aconteceu a popularização dos aparelhos entre civis para a realização de diferentes atividades, incluindo tanto profissionais quanto de lazer.
Existem vários modelos disponíveis no mercado, com capacidade para carregar até em torno de 30 kg. O limite de peso depende do tamanho do drone, da sua estrutura e do material do qual é feito.
O uso de drones na logística é um assunto que tem sido falado há algum tempo. No entanto, até então, as ações da maioria das empresas nesse sentido foram realizadas a caráter de teste. Companhias como Amazon, iFood e 7-eleven estão entre as que estão investindo nesse tipo de entrega.
Como é possível concluir pelas empresas envolvidas nos testes, as mercadorias que serão enviadas por drones incluem tanto produtos em geral quanto alimentos. Inclusive, no segundo caso, foram feitos experimentos com pratos quentes e frios.
Apesar de parecer simples direcionar o equipamento até os endereços dos clientes, diversos aspectos precisam ser considerados, como:
Não é à toa que tantos investimentos estão sendo feitos para a utilização de drones na logística. Esse novo modal promete gerar uma série de vantagens para as empresas e, claro, para os consumidores. Veja quais são as principais a seguir.
As entregas urbanas têm como um grande obstáculo o trânsito, especialmente nas grandes cidades. Como os drones vão pelo ar, não têm esse impedimento, chegando muito mais rápido aos endereços dos clientes.
As entregas realizadas por modais terrestres geram mais custos com as empresas. Já a distribuição por drones, se bem planejada, pode ser mais econômica. Com menos custos, as companhias se tornam mais competitivas no mercado.
O transporte de mercadorias por drones também é positivo para o meio ambiente. Afinal, com menos veículos em circulação realizando a etapa final do processo logístico, conhecida como last-mile, há a redução da emissão de CO² na atmosfera.
Quem vive em áreas mais afastadas, como na zona rural, tem dificuldade no acesso a itens diversos. Em situações normais, dá para se planejar e fazer compras com antecedência.
E quando há a necessidade de comprar um medicamento com urgência? Os drones podem ajudar muito nesse sentido, levando a entrega rapidamente aos locais mais distantes dos grandes centros.
Não é apenas fazendo entregas que os drones podem ser úteis no setor logístico. Eles são capazes de facilitar a vigilância em centros de distribuição. Assim, todo o entorno do local pode ser monitorado, com os profissionais acompanhando de forma centralizada.
Apesar das vantagens, existem diversos desafios que as empresas precisarão enfrentar para implantar os drones na logística de entregas. Saiba mais a seguir.
Para ter drones sobrevoando o espaço aéreo realizando entregas é preciso contar com a liberação das autoridades competentes. Esse é um desafio porque são muitos aspectos envolvidos e, por se tratar de algo novo, os processos de análise costumam ser longos.
No início de 2022, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) concedeu autorização para uma empresa especializada realizar entregas com drones no Brasil. Foram oito meses até a determinação.
No entanto, não se trata de uma liberação total, há um conjunto de regras que deverão ser seguidas. O peso máximo carregado pelo equipamento a cada viagem não poderá ultrapassar 2,5 kg. Além disso, a distância percorrida poderá ser de até 3 km.
Para uma empresa começar a realizar entregas usando drones deverá realizar um investimento inicial de alto custo. Por se tratar de um modal novo, ainda em fase de testes, há certa insegurança relacionada à viabilidade.
Embora os drones sejam pilotados por profissionais devidamente habilitados, há riscos envolvidos que podem gerar insegurança nas pessoas e também nas empresas. Além dos riscos de acidentes, as companhias precisam garantir que os equipamentos retornem seguros aos centros de distribuição.
Por fim, está a dependência em relação ao clima. Em dias de chuva e vento intensos, há prejuízos na visibilidade e os equipamentos podem ser danificados. Então, é uma opção de entrega mais indicada para os dias com clima ameno.
Os drones parecem mesmo ser parte do futuro da logística. Entretanto, há um caminho a ser percorrido até a disseminação desse modal e seu uso em massa pelas empresas.
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