O Pedágio faz parte da rotina de quem viaja, pessoas que se deslocam rotineiramente por rodovias, assim como de empresas de transporte e logística. Os pedágios são taxas cobradas para a construção, conservação e a manutenção das estradas, sejam elas municipais, estaduais ou federais.

É comum vermos nas rodovias avisos de pedágio, seus valores e logo em seguida chegamos a praça do pedágio, que são cabines de parada obrigatória onde são recolhidas a taxas.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além do serviço de construção, conservação e manutenção das rodovias, as concessionárias administradoras são responsáveis por oferecer:

• Socorro médico
• Inspeção de tráfego
• Combate a incêndios
• Apreensão de animais
• Bases de atendimento aos usuários
• Centro de Controle operacionais

Esses serviços são prestados através de equipes especializadas, veículos próprios para a finalidade, além do monitoramentos feito por câmera, drones e rondas. 

O objetivo desses serviços é agilizar os atendimentos que podem ocorrer numa estrada, desde um acidente grave, pneu furado, pane veicular, até mesmo oferecendo um banheiro e até salas de descanso para os viajantes. E assim, evitar ao máximo qualquer tipo de congestionamento e garantir a fluidez no trânsito.

Como é feita a cobrança do pedágio?

Atualmente as concessionárias administradoras são responsáveis por definir os valores cobrados nas praças de pedágios. Além disso, o valor é definido por tipo de veículo, quanto maior, mais alta a taxa do pedágio, pois entende-se que veículos maiores e mais pesados exigem maior manutenção das estradas. 

Essas taxas são divididas basicamente nas categorias:

• Motocicletas
• Automóveis e utilitários
• Ônibus por eixo
• Caminhão por eixo

Os pagamentos são feitos diretamente na cabine para o atendente, em sua maioria efetuada em dinheiro em espécie (alguns pedágios aceitam cartão). 

Existe também a modalidade SEM PARAR, onde os pagamentos são feitos através de tags (adesivos) no veículo que são debitados em cartão no valor da taxa, ou mesmo feito de forma pré-paga .Ambas as modalidades garantem agilidade pois o motorista só diminui a velocidade na praça do pedágio para fazer a leitura da tag, sem contato com atendente.  

O novo pedágio

Aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), em dezembro de 2022, o Free Flow, é um novo sistema que permite a cobrança automática das taxas de pedágio, sem a necessidade de uma praça física e operações destinadas ao recolhimento dos valores. 

Além disso, a cobrança é feita por trecho rodado e não por taxa fixa. Esse novo pedágio tende a mudar totalmente a forma como é cobrado e pago o pedágio, tanto para os usuários, como para as concessionárias administradoras das vias.

Facilitando a vida do motorista e diminuindo os custos operacionais das empresas, no novo pedágio, além da categoria do veículo, o usuário paga por trecho percorrido, feito através de um sistema de monitoramento da via administrado por aquela determinada concessionária.  

E, é claro, que essa nova modalidade vai passar uma fase de testes, que será implementado na BR 101, no trecho Rio-Santos, que fica entre Ubatuba (São Paulo) e Rio de Janeiro (capital). Serão instalados detectores automáticos, e os pagamentos serão feitos por quem já usa os adesivos de pagamento automáticos, as tags.

As outras formas de pagamento serão feitas através de PIX, WhatsApp e até mesmo pelo aplicativo da própria concessionária que administra a via, no caso da BR 101 é a CCR.

Para aqueles que não efetivarem o pagamento, até 15 dias após a viagem, será lavrada multa, com valor superior a 190 reais, mais cinco pontos na carteira de habilitação, configurando evasão de pedágio, infração grave.

Objetivo do novo pedágio

Tudo que é novo pode causar estranheza, desconfiança, mas com certeza traz benefícios. Sendo assim, dentre os principais objetivos do novo pedágio está:

• Aumentar a fluidez nas estradas
• Eliminar o fluxo nas praças, consequentemente as filas
• Diminuir o tempo de viagem
• Evitar paradas aos motoristas
• Diminuir custos com a operação da praça de pedágio, destinando as verbas arrecadadas para outros fins;
• Pagamento proporcional à quilometragem rodada

Esses são apenas alguns dos benefícios na implementação do novo pedágio nas estradas no Brasil.

Como fica a gestão de frotas nesse novo cenário?

No que tange gestão de frota a ideia do novo pedágio, pode garantir melhorias em aspectos de tempo e financeiro.

A ideia de não parar no pedágio, nem mesmo a necessidade de diminuir a velocidade aos que usam tags de pagamento automático, pode ser um ganho em termos de duração da viagem, assim como os custos proporcionais ao trecho utilizado percorrido, podem garantir uma economia significativa.

A exemplo de um percurso pedagiado de 100 quilômetros, que será percorrido 40, o valor cobrado será por tipo de veículo e proporcional ao trecho utilizado.

Para isso é importante estar atento aos seguintes aspectos:

• Monitorar as rodovias que já estão usando o novo pedágio;
• Comunicar a equipe do funcionamento desse novo tipo de cobrança;
• Gerenciar a forma de pagamento, assim como ter controle dos gastos e escolher a melhor forma de efetuar o pagamento;

Vale ressaltar que essa implementação é feita de forma gradativa, está em fase de testes e algumas coisas podem mudar no decorrer de toda essa etapa. 

Sendo assim é preciso estar atento às mudanças desse cenário e já organizar processos que garantam a gestão de frota de uma forma eficiente. 

Garantindo o recolhimento das taxas de pedágio, evitando multas e demais desgastes provenientes do não pagamento do mesmo.

Otimizar o tempo na estrada, consequentemente na entrega de produtos e minimizar custos operacionais fazem parte de uma gestão de frotas eficiente.

Conclusão

Essa nova modalidade de cobrança de pedágio vem colaborar com a otimização do recolhimento das taxas, garantir fluidez nas rodovias, diminuir custos operacionais para a concessionária,. Bem como garantir aos motoristas que paguem o pedágio de forma proporcional a utilização dos serviços daquela determinada estrada.

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